quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A ideologia de gênero é perigosa

A ideologia de gênero é perigosa. Não sei se você terá estomago para ler até o final esse texto, pois a lavagem cerebral dessa teoria perigosa é gritante. É coisa de petista, esquerdista (ou esquerdopata, como preferimos), comunista, maconheiros das humanas, apesar de muitas estudiosas de gênero não apoiarem o PT e não serem comunistas.



Primeiro, ela te faz acreditar que mulheres são seres humanos, que tem o mesmo valor que os homens. Antes que vocês me digam: ah, mas homens foram feitos por Deus antes das mulheres. Lá no Novo Testamento, em Efésios, se diz que as mulheres devem ser submissas aos maridos. As pessoas se concentram tanto em provar a submissão da mulher perante o homem que esquecem apenas da outra parte no mesmo trecho bíblico: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (...) Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.Efésios 5:22-29

Nunca vi Jesus tratar a sua igreja com violência, punir, massacrar, porque “amai-vos uns aos outros como a si mesmos.” (Evangelho de João, 13: 34) foi o principal mandamento que Ele deixou (que não anulava os outros, claro). Quem ama de fato a si mesmo, não maltrata, não sobrecarrega, não o torna uma pessoa infeliz, apoia que a pessoa se desenvolva intelectual e profissionalmente.

A igualdade que os ideólogos de gênero pregam não é que mulheres sejam iguais aos homens, mas que elas possam ter os mesmos DIREITOS positivados: possam votar, possam ter os mesmos direitos trabalhistas, previdenciários. Mas as femimistas, feminazis, querem que as mulheres tenham privilégios. É por isso que as mulheres se aposentam primeiro, tem direito à licença maternidade. Por que não direitos IGUAIS, já que querem igualdade? Opa, mas eu defendo são as diferenças (homem é homem e mulher é mulher)... Estou confuso(a). Mas, vamos lá, vou explicar porque mulheres se aposentam mais cedo segundo os argumentos desses ideólogos: porque a carga de trabalho ainda é maior para as mulheres. Elas trabalham fora de casa, mas quando chegam ainda tem o trabalho doméstico, o cuidado com filhos. Apesar de achar que trabalho doméstico não é cansativo, que tal experimentar um dia dele para sentir na pele?



Segundo, ela te faz crer que você pode ter casado com uma mulher e não com uma escrava doméstica. Ela faz com que as mulheres acreditem que elas não tem um DNA para o trabalho doméstico. Isso é perigoso na medida em que essa crença te fazia ter o privilégio de não ter que realizar o trabalho doméstico. Elas crendo que não é atribuição privativa e biológica do ser mulher, rebelam-se e pensam que vocês, homens, devam colaborar em casa. Contudo, se vocês, homens, varrerem a casa e passarem o pano, por exemplo, enquanto as mulheres lavam a louça... Corre a crença de que, de repetente, “aquilo caia”, ou que você colabore tanto com o trabalho doméstico que depois se transforme numa mulher. Sim, elas creem que como todos os que moram na casa, cada um deve ter sua parcela de colaboração para que o ambiente doméstico seja minimamente organizado. Não é uma guerra entre os sexos, mas vamos fazer crer isso para que mais pessoas se irem contra essa ideologia.



Tem uma guru feminista, Simone de Beauvoir, que afirma categoricamente “Não se nasce mulher, torna-se”. Não é nem que as meninas não nasçam com, ah, vocês sabem... Mas que muito do que se considera que é natural de mulher é, na verdade, parte de uma educação. Sabe aquelas brincadeiras de comidinha, cozinha, vassourinhas? Você aprenderia a ser mulher assim e não por uma propensão natural, biológica. A infância seria só um aprendizado da vida adulta. E NÃO SE TRATA de meninas deixarem de brincar de bonecas, de comidinha, casinha...elas podem até gostar e você incentivar isso nelas. No entanto, é muito perigoso fazer com que meninas brinquem com coisas que incentivem a imaginação, a criatividade, a liderança, as relações interpessoais...nada de legos, bola, carrinhos rosa choque que elas possam dirigir (dirigir é coisa de homem, de menino), quebra-cabeças, jogos de tabuleiro ou cartas. 



Essa teoria, então, é devastadora para a família. Ora, mulheres e homens colaborando com o trabalho doméstico, dividindo as tarefas de casa de modo mais igualitário, é um absurdo, uma verdadeira ideologia. Isso só faria a mulher mais feliz e não o homem, pois ele iria chegar do trabalho cansado e ter que ajudar na janta, colocar filho para dormir. Quem deve chegar em casa cansada, fazer a janta e depois colocar o menino para dormir é a mulher, exausta. Afinal, cuidar de um filho para o homem é prover financeiramente.. nada de aproximação afetiva com a criança, carinho. Se o homem dá uma pensão ou paga o colégio da criança, está tudo bem. Se brinca duas horinhas todos os dias, é o suficiente, cumpriu sua função de pai. Isso é paternidade.

 A teoria é tão absurda que faz com que as mulheres possam se amar do jeitinho que são. Agora é uma onda de mulher negra usar aqueles cabelos black power, cachear... uma onda de mulheres cheinhas se aceitarem e criticarem os padrões de beleza. Era tão legal quando todas tentavam enquadrar-se num único padrão de ser mulher! Era muito massa quando todas tentavam parecer com aquelas modelos magras da capa de revista, ou então quando as negras usavam a base ou pó branco, alisavam os cabelos, porque ser branca era o legal. Bacana era quando as meninas mais cheinhas sofriam porque, por mais que tentassem, não conseguiam entrar no manequim 36. Poxa, hoje em dia é todo mundo muito diferente, cada um tentando se sentir bem com o que é.

No tempo dos meus avós as relações duravam bem mais. Lembro de uma tia avó que apanhava do marido. Ele trancava ela no chiqueiro de casa, lá no quintal, junto com as galinhas, engaiolada e, mesmo assim, ela levava o casamento porque, afinal, “Felizes para sempre”. No tempo das minhas bisavós era bem melhor, eram os pais que escolhiam com quem elas iriam se casar. Elas se casavam com homens 10, 20 anos mais velhos e casavam adolescentes, com 13, 14 anos. As coisas começaram a desandar desde que as mulheres puderam escolher com quem se casariam, pelo amor, mas também avaliando as condições financeiras do casal e priorizando suas carreiras profissionais. As coisas desandaram quando elas passaram a não aceitar as traições dos maridos, as violências.

Hoje as mulheres querem ter, no máximo, 2 filhos. Deixaram de romantizar a maternidade. Nossas avós tinham 10, 15 filhos, pariam com dor mesmo, em casa, sem condições sanitárias ideais, sem frescura. Sei lá, as mulheres hoje em dia querem fugir da dor, só querem cesariana. Elas tomam anticoncepcionais para evitar a gravidez. Elas escolhem quando querem ter uma criança! Poxa, as feminazis nos fizeram crer que maternidade é escolha, não imposição social e que algumas mulheres simplesmente escolhem não ser mães! Louco isso! Algumas, mais cruéis, optam primeiro por ter uma vida profissional estável antes de ter uma criança.

Entramos em outra questão, porque as mulheres não querem mais ficar só em casa. Ainda que tenham filhos, elas querem estar trabalhando e tentando conciliar trabalho fora de casa com a maternidade. Elas querem estudar, fazer faculdade, pós-graduação! Por isso estão tendo filhos mais tarde também.

Os costumes são imutáveis. Até nas roupas. Ora, homens sempre usaram calças e mulheres sempre saias. As famílias sempre foram formadas por pai, mãe e filhos.


Essa ideologia se alastrou como uma doença: está nos livros, nas cartilhas do MEC (que nunca conseguimos provar que foram aprovadas), nas músicas, nos filmes, nas leis. Enquanto isso prefiro ficar com meu discursozinho de combate à ideologia de gênero, quando na prática usufruo das conquistas feministas, das discussões problematizadoras dessa ideologia. Estou discursando aqui contra a ideologia de gênero quando, na minha vida pessoal tenho relações mais igualitárias, domingo vou votar, na próxima semana estarei na assembleia legislativa discursando contra a ideologia de gênero para uma maioria de homens; estarei nos púlpitos (locais que historicamente foram de homens) pregando contra essa ideologia satânica; na segunda vou trabalhar e ganhar por isso; em casa não aceito ser capacho do marido, do noivo, no namorado; discurso contra a ideologia de gênero só porque me parece coisa de esquerda, comunista, petista, dilmista. Só pela birra, só por ser contra tudo que venha “de lá”. Mas, se eu parar para refletir, a ideologia é minha.  

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