A
ideologia de gênero é perigosa. Não sei se você terá estomago para ler até o
final esse texto, pois a lavagem cerebral dessa teoria perigosa é gritante. É
coisa de petista, esquerdista (ou esquerdopata, como preferimos), comunista, maconheiros
das humanas, apesar de muitas estudiosas de gênero não apoiarem o PT e não serem
comunistas.
Primeiro,
ela te faz acreditar que mulheres são seres humanos, que tem o mesmo valor que
os homens. Antes que vocês me digam: ah, mas homens foram feitos por Deus antes
das mulheres. Lá no Novo Testamento, em Efésios, se diz que as mulheres devem
ser submissas aos maridos. As pessoas se concentram tanto em provar a submissão da mulher perante o homem que esquecem apenas da outra parte no
mesmo trecho bíblico: “Maridos,
amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (...) Assim os maridos devem amar as suas
mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria
carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua
Igreja. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua
mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.Efésios 5:22-29
Nunca
vi Jesus tratar a sua igreja com violência, punir, massacrar, porque “amai-vos
uns aos outros como a si mesmos.” (Evangelho de João, 13: 34) foi o principal mandamento que Ele deixou (que não anulava os outros, claro). Quem
ama de fato a si mesmo, não maltrata, não sobrecarrega, não o torna uma pessoa
infeliz, apoia que a pessoa se desenvolva intelectual e profissionalmente.
A
igualdade que os ideólogos de gênero pregam não é que mulheres sejam iguais aos
homens, mas que elas possam ter os mesmos DIREITOS positivados: possam votar,
possam ter os mesmos direitos trabalhistas, previdenciários. Mas as femimistas,
feminazis, querem que as mulheres tenham privilégios. É por isso que as
mulheres se aposentam primeiro, tem direito à licença maternidade. Por que não
direitos IGUAIS, já que querem igualdade? Opa, mas eu defendo são as diferenças
(homem é homem e mulher é mulher)... Estou confuso(a). Mas, vamos lá, vou
explicar porque mulheres se aposentam mais cedo segundo os argumentos desses
ideólogos: porque a carga de trabalho ainda é maior para as mulheres. Elas trabalham
fora de casa, mas quando chegam ainda tem o trabalho doméstico, o cuidado com
filhos. Apesar de achar que trabalho doméstico não é cansativo, que tal
experimentar um dia dele para sentir na pele?
Segundo,
ela te faz crer que você pode ter casado com uma mulher e não com uma escrava
doméstica. Ela faz com que as mulheres acreditem que elas não tem um DNA para o
trabalho doméstico. Isso é perigoso na medida em que essa crença te fazia ter o
privilégio de não ter que realizar o trabalho doméstico. Elas crendo que não é
atribuição privativa e biológica do ser mulher, rebelam-se e pensam que vocês,
homens, devam colaborar em casa. Contudo, se vocês, homens, varrerem a casa e
passarem o pano, por exemplo, enquanto as mulheres lavam a louça... Corre a
crença de que, de repetente, “aquilo caia”, ou que você colabore tanto com o
trabalho doméstico que depois se transforme numa mulher. Sim, elas creem que
como todos os que moram na casa, cada um deve ter sua parcela de colaboração
para que o ambiente doméstico seja minimamente organizado. Não é uma guerra
entre os sexos, mas vamos fazer crer isso para que mais pessoas se irem contra
essa ideologia.
Tem
uma guru feminista, Simone de Beauvoir, que afirma categoricamente “Não se
nasce mulher, torna-se”. Não é nem que as meninas não nasçam com, ah, vocês
sabem... Mas que muito do que se considera que é natural de mulher é, na
verdade, parte de uma educação. Sabe aquelas brincadeiras de comidinha,
cozinha, vassourinhas? Você aprenderia a ser mulher assim e não por uma
propensão natural, biológica. A infância seria só um aprendizado da vida
adulta. E NÃO SE TRATA de meninas deixarem de brincar de bonecas, de comidinha,
casinha...elas podem até gostar e você incentivar isso nelas. No entanto, é
muito perigoso fazer com que meninas brinquem com coisas que incentivem a
imaginação, a criatividade, a liderança, as relações interpessoais...nada de
legos, bola, carrinhos rosa choque que elas possam dirigir (dirigir é coisa de
homem, de menino), quebra-cabeças, jogos de tabuleiro ou cartas.
Essa
teoria, então, é devastadora para a família. Ora, mulheres e homens colaborando
com o trabalho doméstico, dividindo as tarefas de casa de modo mais
igualitário, é um absurdo, uma verdadeira ideologia. Isso só faria a mulher
mais feliz e não o homem, pois ele iria chegar do trabalho cansado e ter que ajudar
na janta, colocar filho para dormir. Quem deve chegar em casa cansada, fazer a
janta e depois colocar o menino para dormir é a mulher, exausta. Afinal, cuidar
de um filho para o homem é prover financeiramente.. nada de aproximação afetiva
com a criança, carinho. Se o homem dá uma pensão ou paga o colégio da criança,
está tudo bem. Se brinca duas horinhas todos os dias, é o suficiente, cumpriu
sua função de pai. Isso é paternidade.
No
tempo dos meus avós as relações duravam bem mais. Lembro de uma tia avó que
apanhava do marido. Ele trancava ela no chiqueiro de casa, lá no quintal, junto
com as galinhas, engaiolada e, mesmo assim, ela levava o casamento porque,
afinal, “Felizes para sempre”. No tempo das minhas bisavós era bem melhor, eram
os pais que escolhiam com quem elas iriam se casar. Elas se casavam com homens
10, 20 anos mais velhos e casavam adolescentes, com 13, 14 anos. As coisas
começaram a desandar desde que as mulheres puderam escolher com quem se
casariam, pelo amor, mas também avaliando as condições financeiras do casal e
priorizando suas carreiras profissionais. As coisas desandaram quando elas
passaram a não aceitar as traições dos maridos, as violências.
Hoje
as mulheres querem ter, no máximo, 2 filhos. Deixaram de romantizar a
maternidade. Nossas avós tinham 10, 15 filhos, pariam com dor mesmo, em casa,
sem condições sanitárias ideais, sem frescura. Sei lá, as mulheres hoje em dia
querem fugir da dor, só querem cesariana. Elas tomam anticoncepcionais para
evitar a gravidez. Elas escolhem quando querem ter uma criança! Poxa, as
feminazis nos fizeram crer que maternidade é escolha, não imposição social e
que algumas mulheres simplesmente escolhem não ser mães! Louco isso! Algumas,
mais cruéis, optam primeiro por ter uma vida profissional estável antes de ter
uma criança.
Entramos
em outra questão, porque as mulheres não querem mais ficar só em casa. Ainda
que tenham filhos, elas querem estar trabalhando e tentando conciliar trabalho
fora de casa com a maternidade. Elas querem estudar, fazer faculdade,
pós-graduação! Por isso estão tendo filhos mais tarde também.
Os
costumes são imutáveis. Até nas roupas. Ora, homens sempre usaram calças e
mulheres sempre saias. As famílias sempre foram formadas por pai, mãe e filhos.
Essa
ideologia se alastrou como uma doença: está nos livros, nas cartilhas do MEC
(que nunca conseguimos provar que foram aprovadas), nas músicas, nos filmes,
nas leis. Enquanto isso prefiro ficar com meu discursozinho de combate à ideologia
de gênero, quando na prática usufruo das conquistas feministas, das discussões
problematizadoras dessa ideologia. Estou discursando aqui contra a ideologia de
gênero quando, na minha vida pessoal tenho relações mais igualitárias, domingo
vou votar, na próxima semana estarei na assembleia legislativa discursando
contra a ideologia de gênero para uma maioria de homens; estarei nos púlpitos (locais
que historicamente foram de homens) pregando contra essa ideologia satânica; na
segunda vou trabalhar e ganhar por isso; em casa não aceito ser capacho do
marido, do noivo, no namorado; discurso contra a ideologia de gênero só porque me parece
coisa de esquerda, comunista, petista, dilmista. Só pela birra, só por ser contra
tudo que venha “de lá”. Mas, se eu parar para refletir, a ideologia é minha.
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